PNL – Princípios Poderosos para a Excelência Humana (parte II)
Programação Neurolinguística - PNL

9 – O fracasso não existe. Só há feedback
De acordo com a PNL, não existem erros na vida. Embora tenhamos a tendência de considerar os resultados indesejados como um fracasso. Os fracassos são oportunidades para aprender como alcançar os resultados que desejamos, novas oportunidades para aprender a fazer diferente.
Um exemplo: Há um menino que comete um erro na prova de matemática e os resultados não foram os que ele esperava. O seu pai diz-lhe que não foi um fracasso; em vez disso, mostra-lhe que esta foi uma oportunidade de aprender. Depois, ele pergunta então ao filho o que aprendeu com aquela situação. O que ele poderia fazer de outra forma, para obter melhores resultados na próxima vez? O menino, então, começou a olhar para aquele erro que cometeu de uma forma diferente. De repente, ele parou de se sentir nervoso e desamparado. Ele percebeu que havia coisas diferentes que ele poderia fazer no futuro. Talvez ele conseguisse mudar a sua estratégia de estudo, talvez planeando o seu tempo com mais cuidado. Havia novas possibilidades nas quais ele nunca havia pensado, e que agora ele via que poderiam ajudar a melhorar os seus resultados.
Concluindo, foi quando o menino decidiu encarar aquele erro como uma chance de aprender algo, que ele conseguiu ver novas possibilidades e sair da sua zona de conforto, que foi capaz de fazer as coisas de forma diferente, para que pudesse alcançar resultados diferentes e mais desejáveis.
10 – O que você foca expande
Pessoas de sucesso tendem a ser mais positivas. Isso acontece porque quando eles se concentram no que é certo e otimista, podem aumentar o sucesso. A PNL afirma que quando te concentras em algo, a tua perceção se expande. Cada vez que procuras algo, há uma tendência para encontrar cada vez mais coisas relacionadas a isso mesmo. Por outro lado, a PNL afirma que sempre que tentas evitar algo, vai parecer que isso te persegue.
Um exemplo: Um amigo teu chama a tua atenção para aquele carro, aquele modelo incrível, que nunca viste antes. Depois desta conversa, começas a ver aquele carro por toda parte. Vês no parque, perto da tua porta, até o teu vizinho tem um. E já faz um ano que ele o comprou… quase não consegues acreditar que nunca o tinhas visto antes. Outra situação para demonstrar que aquilo em que focas se expande é quando estás a tentar não sentir um sentimento indesejado. Quanto mais pensas no medo, pânico ou raiva que a situação te causa, mais sentes medo, pânico ou raiva.
Concluindo, por um lado, se pensares positivo, o que é bom se expande. Por outro lado, se pensares negativo, o mal se expande. Neste sentido, em que coisas você está a escolher focar, no dia a dia, se desejas sucesso e felicidade?
11 – A realidade objetiva não existe
A um nível mais fundamental, toda a experiência é subjetiva. Cada pessoa tem a sua própria perceção da realidade e terá a sua representação subjetiva do que está a ser vivenciado. Para a PNL, a realidade é o que é. No entanto, nunca é objetivo, pois sempre existe uma mente subjetiva que percebe os objetos. Por outras palavras, o sujeito atribui um significado subjetivo a esses objetos. Um que está sempre de acordo com seu próprio sistema, experiência e crenças.
Um exemplo: Duas amigas olham para a mesma casa. As duas querem comprar uma casa nova para morar juntas e dividir as despesas. Então encontraram esta casa, com o seu grande jardim à frente e pintada de azul claro. A primeira adora e exclama que é isto! Ela acha que é simplesmente perfeito! O jardim a lembra a sua infância, quando brincava com os primos na casa da mãe. É tudo com que sempre sonhou. Ela está a ter a sua própria experiência subjetiva sobre este objeto (a casa). A segunda senhora não tem tanta certeza de querer comprá-la. Acha que o jardim vai exigir muito esforço e a cor também não lhe agrada. Além disso, ela prefere uma casa menor e pintada de amarelo.
Concluindo, o objeto é o mesmo, mas a experiência é sempre subjetiva. Existem múltiplas realidades, pois cada pessoa tem sua própria perceção do mesmo objeto e nenhuma delas é menos real.
12 – O sistema com maior flexibilidade é o elemento controlador
Pessoas flexíveis têm mais escolhas e mais opções. Estas se adaptarão quando ocorrerem mudanças e aceitarão mais facilmente o que não pode ser mudado. Encontrarão mais possibilidades e soluções criativas para obter os resultados desejados. A PNL sugere que, se formos flexíveis, tudo dependerá do que decidirmos escolher.
Um exemplo: Podes sentir que tens um problema na tua vida, como o desejo impossível de ser rico e totalmente livre. Talvez penses que não tens muitas opções. Sabes que não podes simplesmente largar o emprego pois tens uma família para sustentar. Talvez te sintas prisioneiro de uma realidade que não pediste para ter. Além disso, achas até que existem muitas pessoas e circunstâncias ao teu redor que podes culpar por isso. Talvez sintas que não tens opções e não encontrarás as soluções. Por outro lado, se mudares a tua mentalidade e, apesar das limitações atuais, simplesmente aceitares que cabe a ti escolher fazer algo diferente, começarás certamente a encontrar mais opções. Portanto, não adianta culpar os outros. Neste sentido, se tentares entender o que podes fazer, mais soluções surgirão.
Concluindo, ao tentar considerar várias opções, verás que não estás limitado a apenas uma. Desta forma, podes deixar de lado a imagem que tens de ti mesmo, ser mais pró-ativo para alcançar o que desejas e ser quem realmente desejas ser.
13 – Cada pessoa tem seu próprio mapa individual do mundo
Nenhum mapa do mundo será mais real que o outro. Cada um tem a sua própria perceção e conceção da realidade e não existe um modelo verdadeiro de mundo. De acordo com a PNL, as pessoas responderão às suas próprias perceções da realidade e a compreensão disso mesmo aumentará o respeito mútuo.
Um exemplo – Um certo homem está a falar de Deus e de que forma ele vê a religião. É um cristão católico e para ele Adão e Eva são os seus verdadeiros ancestrais. E como ele não tem dúvidas sobre isso, é-lhe difícil compreender ou aceitar que as pessoas acreditem no contrário. Por outro lado, existe este outro homem com a sua forma de ver o mundo. Tal como o primeiro homem, ele também é cristão católico, portanto, acredita em Deus, Adão e Eva. Da mesma forma, ele também acredita que os primatas não são ancestrais dos humanos. Ainda assim, ele sabe que esta é só a sua maneira de ver o mundo. Entende que outras pessoas podem ter outra visão e que está tudo bem com isso. No fundo, ele respeita a verdade dos outros e deseja ser respeitado.
Concluindo, a maneira como cada um vê o mundo tem tudo a ver com o lugar onde nasceu, as coisas que lhes ensinaram, as informações que obtiveram através de experiências específicas, os relacionamentos que tiveram, os valores e crenças que criaram. Uma vez que somos todos diferentes, com experiências e conhecimentos distintos, não é natural que todos vejamos as coisas de forma diferente? Não é aceitável que o que é real para mim possa não ser real para ti?
14 – Se o que estás a fazer não está a produzir o resultado desejado, muda o comportamento
Novamente, a PNL fala da flexibilidade para se adaptar e sobreviver com sucesso num sistema. Pensamento e comportamento flexíveis são necessários: se o que estás a fazer não está a funcionar, então deves assumir uma atitude de curiosidade e testar outra coisa. A conhecida frase “Insanidade é fazer sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes” traduz perfeitamente esta suposição.
Um exemplo: Alguém está a tentar agradar sua esposa. Porém, por causa do seu próprio mapa da realidade (as suas crenças, perceções), ele diz-lhe todos os dias o quanto teme perdê-la e como isso destruiria sua vida. Em vez da esposa se sentir amada e insubstituível (na verdade, era apenas isso que ele queria que ela soubesse), ela acaba por sentir a pressão de um dia vir a arruinar a vida dele, se algo der errado. Como resultado, ela começa a afastar-se aos poucos.
Concluindo, se o marido deseja uma resposta diferente da esposa, não adianta culpá-la por não compreender. Isso só aumentaria a discussão. Para ter sucesso e produzir o resultado desejado, ele poderia apenas ser flexível e testar algo diferente. Ao mudar o seu comportamento, iria parar de fazer a mesma coisa todos os dias, podendo esperar uma resposta diferente.
15 – A transformação acontece quando se utiliza o recurso adequado
Num determinado contexto, a mudança ocorrerá sempre que o recurso certo for ativado. Na PNL, o mapa de uma pessoa numa situação específica pode ser enriquecido por meio da modelagem.
Um exemplo: Esta jovem está prestes a fazer uma apresentação de emprego para centenas de pessoas. Ela está muito nervosa porque não quer falhar. Se eu pudesse, perguntaria: “Quais os recursos que você precisa para ter sucesso?” e ela provavelmente responderia: “Preciso de confiança”. Eu então continuaria: “Você já se sentiu confiante numa situação semelhante, em que teve sucesso? Ou você conhece alguém que passou pela mesma situação e que conseguiu ser bem sucedido?”
Concluindo, ao modelar outra pessoa utilizando o recurso certo num contexto semelhante ou ativando um que tenhamos utilizado antes numa situação de sucesso semelhante, é possível provocar uma mudança de comportamento.
16 – Todos os procedimentos devem aumentar a integralidade
Tudo tende a se tornar uma totalidade em nós. A consciência individual é composta por muitas partes, que podem operar de forma mais ou menos independente umas das outras. Para diminuir o sentimento de separação em nós, podemos integrar todas as partes e aumentar a unidade. Para fazer isso, a PNL utiliza técnicas específicas.
Um exemplo: Este jovem tem um comportamento que quer mudar: é viciado na bebida. Há uma parte dele que beneficia com este comportamento (há uma intenção positiva por trás disso). Por outro lado, há uma outra parte que sabe separar o benefício do comportamento. Ainda assim, ele sente-se dividido porque há coisas que ele quer e coisas que não quer. Além disso, existe esta parte que busca uma solução onde não haja separação, onde ele possa encontrar outro comportamento que satisfaça sua intenção positiva e que lhe permita interromper o indesejado. Ele começa a aceitar e a unir mais partes nele.
Concluindo, no final deste procedimento, ele sente-se mais completo e menos dividido.